quarta-feira, 20 de maio de 2015

REFERÊNCIAS bibliográficas - Projeto Participação Cidadã

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Considerações


A educação e outros setores devem caminhar de forma articulada na construção dos sujeitos individuais e coletivos dos quais a sociedade é constituída. Por isso, os processos educativos precisam ser vistos não apenas na perspectiva da possibilidade de gerar e disseminar conhecimentos, mas, sobretudo, na dimensão humana e de melhoria da qualidade de vida e saúde das pessoas. Dentre as possibilidades de atuação no âmbito estudantil, a promoção da saúde é um potencial a ser desenvolvido neste espaço, considerando ser este um local privilegiado para o diálogo, para o intercâmbio de saberes e para a expressão da diversidade cultural (LOPES, 2007).

Os valores são construídos a partir da projeção de sentimentos positivos que o sujeito faz sobre objetos, e/ou pessoas, e/ou relações, e/ou sobre si mesmo. Durante toda a vida, à medida que os valores vão sendo construídos, eles se organizam em um sistema. Nesse sistema de valores que cada sujeito constrói alguns deles se "posicionam" de forma mais central em nossa identidade e outros de forma mais periférica. O que determina esse "posicionamento" é a intensidade da carga afetiva vinculada a determinado valor. As características de nosso sistema de valores são bastante flexíveis e maleáveis ou, fluidos, e podem variar constantemente em função dos contextos e das experiências. Assim, o papel dos educadores é de buscar estratégias que aumentem a probabilidade de que determinados valores éticos sejam alvo de projeções afetivas positivas de seus educandos (ARAÚJO, 2007).

Enfim, buscar modelos educativos dialógicos, pautados em valores de democracia, justiça, solidariedade e outros mais (como aqueles presentes na Declaração Universal dos Direitos Humanos), pressupõe introduzir no dia a dia e nas ações articuladas com a comunidade a preocupação cotidiana com valores socialmente desejáveis. Esse trabalho, no entanto, precisa ser sistematizado e intencional, de forma a ser naturalizado. Isso fará com que a educação em valores deixe de ser algo pontual e esporádico, que ocorre em aulas ou momentos específicos, e passe a ser um movimento de tal forma imbricado que será reconhecido como natural (ARAÚJO, 2007).

Resultados até 17/11/2014

Este projeto é relevante, os objetivos vêm sendo alcançados no sentido de participação de profissionais psicólogos internautas, nos espaços virtuais em atividade. A participação virtual de estudantes, professores, servidores e cidadãos em geral também estão gradualmente aumentando. Foram contabilizados os acessos e visualizações dos internautas às páginas do Projeto Participação Cidadã, como os bloggers, grupos virtuais e/ou páginas do facebook.

O eixo temático tabagismo possui site experimental da primeira fase disponível em http://tabagismonovosares.wix.com/bahia. O Blog Novos Ares - Aliança contra o tabaco, disponível em http://tabagismonovosares.blogspot.com/, apresentou, até 22/08/2014, 1.214 visualizações de página, 48 postagens, sendo a última publicação em 21/08/2014. O grupo virtual correspondente, na rede social facebook, disponível em https://www.facebook.com/groups/gruponovosares/ alcançou 1.041 membros. A página correspondente, na rede social facebook, disponível em https://www.facebook.com/TabagismoNOVOSARES, alcançou os resultados demonstrados no gráfico 1, a seguir.

Gráfico 1. Fãs da página, por localidade de residência.
Fonte: Facebook, 22 de agosto de 2014.
O eixo temático Saúde Mental, possui o blog CAPS Virtual - Atenção Psicossocial Online disponível em http://capsvirtual.blogspot.com/, com site do Google disponível em https://sites.google.com/site/saudementalvirtual/, apresentando um total de 30 publicações até o mês de agosto do corrente ano e 4.412 visualizações de página.

O eixo temático Cidadania, possui o blog Participação Cidadã, disponível em http://participacidad.blogspot.com/, apresentando um total de 65 publicações até o mês de agosto do corrente ano e 3.399 visualizações de página.

O eixo temático História, Cultura e Meio Ambiente, possui o blog Bahia Turismo Online - Riquezas Culturais e Naturais, disponível em http://lealesud.blogspot.com/, com site do Google disponível em https://sites.google.com/site/bahiaturismoonline/, apresentando um total de 21 postagens de publicações até o mês de agosto do ano corrente e 2.610 visualizações de página.

O eixo temático Saúde do Idoso, possui o blog Mãos que Ajudam a Terceira Idade, disponível em http://atendamos-a-terceira-idade.blogspot.com/, apresentando um total de 2 postagens de publicações até o mês de agosto do ano corrente e 183 visualizações de página, sendo o blog com menor número de postagens e visualizações.
O eixo temático Humanização, Tecnologia e Reforma Psiquiátrica possui o blog Enf. Prof. Diego Leal, disponível em http://enfprofdiegoleal.blogspot.com/, com site do Google está disponível em https://sites.google.com/site/avansusbahia/, apresentando um total de 93 postagens de publicações até o mês de agosto do ano corrente e 41.498 visualizações de página sendo o blog com maior número de postagens e visualizações.

De acordo com os dados analisados, postado no dia 07\11\2014 as 13:30hs da tarde e sendo finalizada a coleta dos dados no dia 14/11/2014 as 00:00hs, no faceboock no grupo Sul e Extremo Sul da Bahia , cujo a abordagem principal era “ Violência Domestica”, onde obteve  12 curtidas e 30 comentários como representado no gráfico 2, sendo que dentre as 12 curtidas, 2 eram da população e o restante participantes do projeto cidadão, dos 30 comentários, 28 eram de alunos do 8º período de enfermagem e 2  comentários foram de pessoas da população. Pode-se perceber que não houve participação significativa da população, o que indica que as pessoas ainda apresentam resistência sobre este tipo de atividade.

Gráfico 2. Participação dos acadêmicos e outros interessados no projeto participação cidadã no debate sobre violência doméstica.
Fonte: Facebook, 14 de novembro de 2014.

De acordo com os dados coletados, postado por Tássio Loureiro no VIA41, na data 11/11/2014 as 15:49hs sendo finalizada a coleta de dados no dia 17/11/2014 as 00:00hs, cuja a abordagem principal era “ Campanha da Paz”, onde obteve 17 compartilhamentos para o facebook, desses compartilhamentos obtiveram-se 139 curtidas e 11 comentários, dos quais 12 compartilhamentos foram de participantes do projeto cidadão e 6 foram feitos pela população,  conforme mostrado no gráfico 3. Pode-se perceber que dentro do tema abordado houve mais interesse da população em participar e comentar.







Gráfico 3. Postagem na temática Campanha pela paz.

Fonte: Facebook, 17 de novembro de 2014.

Projetos sociais, voluntariado e terceiro setor

As redes sociais expandem o interesse das redes pessoais e familiares para as redes de relação e sustentação, não só de indivíduos e famílias. Acrescentam-se a essas as redes de serviços e equipamentos, as redes de informações e as redes de significados e interesses (econômicos, políticos), possibilitando a transformação de determinado segmento populacional (ACOSTA; VITALE, 2003).


Considera-se que o fortalecimento do indivíduo e de suas relações com as redes, sejam elas pessoais ou materiais, é ponto central na questão da saúde e do bem-estar, pois é em conjunto com o outro, e através das relações, que uma pessoa constrói a visão de si mesma (CAMPOS; FERREIRA, 2007).

Assim, na relação com o outro, a pessoa se sente legítima e forte e encontra os recursos dos quais precisa para sobreviver, crescer e realizar-se. Considera-se ainda que para um ser humano só será possível usufruir os seus direitos básicos (alimentação, educação, saúde, trabalho e lazer) por meio da convivência e da participação social, especialmente para os mais carentes do ponto de vista material, razão pela qual é fundamental o apoio à família como matriz dessa socialização (MACEDO,1994).

O voluntariado é uma forma de participação social que vem em constante crescimento à medida que transcorre o tempo. Tamanho é esse aumento que, a fim de estimular ainda mais essa atividade, o ano de 2001 foi escolhido, pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Ano Internacional do Voluntariado. Entretanto, não se pode associar o avanço do voluntariado somente a essa iniciativa da ONU.

No Brasil e na própria ONU, outros documentos foram publicados, posteriormente, com a finalidade de despertar a participação das pessoas em atividades voluntárias, principalmente os jovens e os idosos, no intuito de investirem seu tempo livre na promoção da solidariedade e da cidadania.
O terceiro setor é uma forma de administrar o negócio público do ponto de vista organizativo, ele não é uma propriedade. Porque os recursos públicos são recursos vindos de taxas e impostos, são recursos que vêm daquilo que chamamos de subsídios e, portanto, eles saem do tesouro e do orçamento da nação. Então não é um terceiro setor não estatal, ele é um terceiro setor público organizacional, não uma propriedade nova que foi criada, já que os subsídios são públicos, é o setor incentivado (LOPES, 2004).
Na emergência do Terceiro Setor é visto uma abertura dos canais de decisão à participação da sociedade civil. Sem enfatizar a origem do suporte financeiro de manutenção das ONGs, o discurso dos apologistas do Terceiro Setor tem geralmente recaído numa argumentação que desqualifica o Estado como esfera de efetivação das políticas sociais e públicas. Tal argumentação, visando sobretudo realçar o papel e a importância das ONGs, muitas vezes obscurece o fato de que muitas delas não definiram sua posição no confronto entre os projetos sociais hoje em pauta, no campo das políticas sociais. Dessa maneira, não se trata efetivamente de um campo instituído, ou de uma esfera pública instituinte, mas de "formações culturais" constituídas por uma associação de sujeitos (LOPES, 2004).
O campo dos movimentos sociais é um dos mais indefiníveis que existem. Os movimentos são difíceis de definir conceitualmente e há várias abordagens que são difíceis de comparar. Os vários' autores tentam isolar alguns aspectos empíricos dos fenômenos coletivos, mas como cada autor acentua elementos diferentes, dificilmente se pode comparar definições. Infelizmente, estas são mais definições empíricas do que conceitos analíticos (MELUCCI, 1989).
Há uma distinção entre movimentos (como formas de opinião de massa), organizações de protesto (como formas de organizações sociais) e eventos de protesto (como formas de ação). Um movimento social é um fenômeno de opinião de massa lesada, mobilizada em contato com as autoridades (MELUCCI, 1989).
O movimento em forma de protesto raramente atua de maneira concertada e sua existência deve ser inferida das atividades de organizações que reivindicam representá-lo a importância da participação, da mobilização, do controle social e da educação em saúde e ambiental, permeando a política de saneamento, visando ao empoderamento dos grupos sociais para efetiva inserção e intervenção nesses processos. O foco principal dos dois programas é o atendimento as comunidades por meio de ações e investimentos, a fim de conferir sustentabilidade a essas ações (MELUCCI, 1989).

Figura 4. Sub-Projeto Interdisciplinaridade em Pesquisas, Atividades de Campo e Mapeamentos

PPC.png

https://sites.google.com/site/inspconsulting/home/mobilizacao-social

EXISTIR e envelhecer EM AMBIENTES SAUDÁVEIS - Questões ambientais

A Educação Ambiental é um processo permanente e inesgotável, onde o homem interfere na natureza com sua consciência, conhecimentos, atitudes, habilidades e formas de participar na sociedade. Para melhor conhecer o ambiente em que vive, ele precisa ser ecologicamente alfabetizado.

Quanto à alfabetização ecológica, Capra (1996, p.231) afirma que “ser ecologicamente alfabetizado, significa entender os princípios de organização das comunidades ecológicas (ecossistemas) e usar esses princípios para criar comunidades humanas sustentáveis.” O autor ressalta que é necessário revitalizar as comunidades, inclusive as comunidades educativas, comerciais e políticas, de modo que os princípios da Ecologia se manifestem nelas como princípios de educação, de administração e de política.

Não é possível tratar de um dado problema ambiental sem considerar todas as dimensões. “A Educação Ambiental se caracteriza por incorporar as dimensões sociais, políticas, econômicas, culturais, ecológicas e éticas” (DIAS, 1994, p. 8). A inter-relação da ética, da política, da economia, da ciência, da tecnologia, da cultura, da sociedade, da ecologia, pode sugerir um ponto de partida no momento de refletir quais seriam os grandes problemas que tocam as populações, tanto no âmbito macro, quanto no micro revelando, portanto, uma permanente complexidade do pensar e do agir ambiental.

Educação Ambiental é um processo que parte de informações ao desenvolvimento do senso crítico e raciocínio lógico, inserindo o homem no seu real papel de integrante e dependente do meio ambiente, visando a uma modificação de valores tanto no que se refere às questões ambientais como sociais, culturais, econômicas, políticas e éticas, o que levaria à melhoria da qualidade de vida que está diretamente ligada ao tipo de convivência que mantemos com a natureza e que implica atitudes, valores e ações. De acordo com Gadotti (2000), trata-se de uma opção de vida por uma relação saudável e equilibrada com o contexto. A Educação Ambiental deve estimular a solidariedade, a igualdade e o respeito aos direitos humanos, valendo-se de estratégias democráticas e interação entre as culturas.

Atualmente, o tema Educação Ambiental vem adquirindo força como questão de cidadania local e planetária fazendo parte das preocupações cotidianas de cidadãos comuns, e cada vez mais a questão ambiental tem sido pauta de governos, empresas, movimentos sociais, ONGs, enfim, de uma infinidade de atores sociais que interferem no ambiente. Para Herman (1992, pág. 14), quando se fala em Meio Ambiente, a tendência é “pensar nos inúmeros problemas que o mundo enfrenta com relação à questão ambiental: lixo, poluição, desmatamento, espécies em extinção e testes nucleares são, dentre outros, exemplos de situações lembradas”.

Isso se deve principalmente ao fato de a mídia veicular uma grande quantidade de informações sobre os problemas ambientais, no entanto para que se possa compreender a gravidade desses problemas e vir a desenvolver valores e atitudes de respeito ao Meio Ambiente é necessário que antes de tudo se saiba quais as qualidades do ambiente, dessa natureza que se quer defender e porque as pessoas protegem aquilo que amam e valorizam.

Em linhas gerais, pode-se dizer que a Educação Ambiental, conforme Branco (1998), é todo processo cultural que objetive a formação de indivíduos capacitados a coexistir em equilíbrio com o meio. Processos não formais, informais e formais já estão conscientizando muitas pessoas e intervindo positivamente, se não solucionando e despertando para o problema da degradação crescente do meio ambiente, buscando novos elementos para uma alfabetização.

No entanto, mudanças numa perspectiva global só serão possíveis se os profissionais envolvidos no processo educacional e que constroem o fazer pedagógico, juntamente com representantes de todos os segmentos da sociedade envolver-se nas questões sociais e ambientais. Para isso, estes profissionais precisam de uma formação completa que envolva valores, ética, cidadania, amor à vida e ao próximo, pluralidade cultural, racionalização do consumo, higiene e saúde e outros, que infelizmente ainda não foram contemplados nos currículos de licenciatura.

O trabalho pedagógico com questão ambiental para o Ensino Fundamental centrasse no desenvolvimento de atitudes e posturas éticas e no domínio de procedimentos, mais do que na aprendizagem escrita de conceitos. A seleção dos conteúdos pode ajudar o educador a trabalhar de maneira a contribuir para a atuação mais consequente diante da problemática ambiental, por meio da compreensão e indicação de formas de proceder, assim, tornar-se diferente encarar os problemas ambientais, como o do agrotóxico, apenas como objeto do estudo da ciência ou como uma questão social cuja solução exige compromisso real.

Para assegurar a sua perpetuação, a espécie humana, como as demais espécies do planeta, sempre necessitou enfrentar as diversidades da natureza. O fato que difere o ser humano dos demais seres vivos é que o homem faz sua própria história, modificando constantemente as condições naturais de vida e propiciando situações mais favoráveis à sua reprodução. A história recente da evolução humana é a história da luta do homem contra o seu meio natural (THEODORO, 2000).

Segundo Chaves e Rodrigues (2006) a gestão de recursos ambientais deve estar imbuída de uma visão estratégica de desenvolvimento no longo prazo, o que lhe confere um sentido para além dos usos cotidianos, pois se constitui no cerne onde se confrontam e se reencontram os objetivos associados ao desenvolvimento e aqueles voltados para a conservação da natureza ou para a preservação da qualidade ambiental.

A reflexão sobre as práticas, em um conjunto caracterizado pela degradação permanente do meio ambiente e do seu ecossistema, envolve uma imprescindível articulação com a produção de conhecimento sobre a educação ambiental. A extensão ambiental configura-se crescentemente como uma questão que envolve um conjunto de atores do universo educativo, potencializando o engajamento dos diversos sistemas de conhecimento, a capacitação de profissionais e a comunidade universitária numa perspectiva interdisciplinar (LEFF, 2001).

Tomando-se como referência o fato de a maior parte da população brasileira viver em cidades, observa-se uma crescente degradação das condições de vida, refletindo uma crise ambiental. Isto nos remete a uma necessária reflexão sobre os desafios para mudar as formas de pensar agir em torno da questão ambiental numa perspectiva contemporânea (LEFF, 2001).

Entende-se, portanto, que a educação ambiental é condição necessária para modificar um quadro de crescente degradação socioambiental, mas ela ainda não é suficiente, o que, no dizer de Tamaio (2000), se converte em “mais uma ferramenta de mediação necessária entre culturas, comportamentos diferenciados e interesses de grupos sociais para a construção das transformações desejadas”. O educador tem a função de mediador na construção de referenciais ambientais e deve saber usá-los como instrumentos para o desenvolvimento de uma prática social centrada no conceito da natureza.

O principal eixo de atuação da educação ambiental deve buscar, acima de tudo, a solidariedade, a igualdade e o respeito à diferença através de formas democráticas de atuação baseadas em práticas interativas e dialógicas. Isto se consubstancia no objetivo de criar novas atitudes e comportamentos diante do consumo na nossa sociedade e de estimular a mudança de valores individuais e coletivos (JACOBI, 1999).

A educação ambiental, como parte de uma cidadania abrangente, está ligada a uma nova forma de relação ser humano/natureza, e a sua dimensão cotidiana leva a pensá-la como somatório de práticas e, consequentemente, entendê-la na dimensão de sua potencialidade de generalização para o conjunto da sociedade.

Portanto, a dimensão ambiental representa a possibilidade de lidar com conexões entre diferentes dimensões humanas, propiciando, entrelaçamentos e múltiplos trânsitos entre múltiplos saberes. A escola participa então dessa rede “como uma instituição dinâmica com capacidade de compreender e articular os processos cognitivos com os contextos da vida” (JACOBI, 1999).



RESGATE DA IDENTIDADE CULTURAL, VALORES E AUTO-ESTIMA

Um dos primeiros problemas que os cientistas sociais brasileiros buscaram resolver em fins do século XIX foi o da existência e características da brasilidade, que segundo eles se comporia de duas vertentes: um patrimônio cultural formado de elementos harmoniosos entre si, que se conservaria semelhante através do espaço e do tempo; e a partilha do patrimônio cultural pela grande maioria dos habitantes do país, em todas as camadas sociais. Tais elementos consistiriam em bens materiais (maneiras de viver) e espirituais (maneiras de pensar).

Os pesquisadores de Ciências Sociais desse período estavam conscientes da grande heterogeneidade de traços culturais ligados à variedade dos grupos étnicos que coexistiam no espaço nacional que se distribuíam diversamente conforme as camadas sociais. Os traços culturais não configuravam de modo algum um conjunto harmonioso que uniria os habitantes, comungando nas mesmas visões do mundo e da sociedade, nas mesmas formas de orientar seus comportamentos. Complexos culturais aborígenes, outros de origem européia, outros ainda de origem africana coexistiam. E estes cientistas sociais acusavam a persistência de costumes bárbaros, aborígenes e africanos, de serem obstáculos impedindo o Brasil de chegar ao esplendor da civilização européia. Consideravam-nos assim como uma barreira retardando o encaminhamento do país para a formação de uma verdadeira identidade nacional, que naturalmente embaraçava também um desenvolvimento econômico mais eficiente.

Em fins do século XIX, os intelectuais reconheciam a heterogeneidade cultural e o sincretismo na sociedade em que viviam; mas negavam-lhe qualquer valor e, também que houvessem constituído já uma identidade brasileira ou uma identidade nacional, seus preconceitos raciais e contra os costumes bárbaros dos africanos e dos indígenas impedia os de reconhecer qualquer valor a qualquer tipo de mestiçagem.

Admitiam então os jovens intelectuais, e somente então, que brancos, negros, mulatos, mestiços, nas variadas camadas sociais, eram portadores, no Brasil, de um mesmo núcleo cultural, de instrumentos, de comportamentos, de valores, e que civilizações híbridas não eram perniciosas, nem em sua essência, nem em suas consequências. Reconheceram então os jovens intelectuais que, juntamente com negros, mulatos, índios, mestiços, compunham uma totalidade nacional.

Os cientistas sociais brasileiros mais antigos não podiam negar a mistura de traços culturais existentes em seu país, encontrada em todos os estrados sociais e em todos os grupos étnicos, embora recusassem reconhecê-la como uma civilização ou como um foco de identidade cultural, negaram, pois, a existência desta. Quando mais tarde uma outra geração de intelectuais pode e quis encarar a evidência de que sua civilização era composta de traços de variada origem, alguns harmoniosos e outros incongruentes, reconheceram e proclamaram também que a reunião de elementos desarmoniosos era importante para criar riqueza e dinamismo num patrimônio cultural.

Atualmente, quando estudiosos brasileiros falam de identidade cultural ou de identidade nacional, referem-se, pois, a noções diferentes das utilizadas por seus colegas europeus. Nos dois casos, o que há de comum é somente o fato de que ambas noções são em geral utilizadas como instrumentos para diferenciar uma cultura ou uma coletividade do conjunto das demais. Estas noções podem se tornar também armas para lutar contra qualquer perigo que ameace com o desaparecimento ou a coletividade, ou a nação.

Conceitos e definições são forjados por cientistas sociais nascidos e educados em sociedades e civilizações específicas; muitas vezes as discussões férvidas a que dão lugar decorrem de entendimentos diferentes do mesmo termo justamente porque as culturas em que nasceram os pesquisadores não são as mesmas. O que, consciente ou inconscientemente, admitem e o que recusam, ao construí-los, está profundamente influenciado pela própria sociedade e suas maneiras de pensar.

Aprender a ser cidadão e cidadã é, entre outras coisas, aprender a agir com respeito, solidariedade, responsabilidade, justiça, não violência; aprender a usar o diálogo nas mais diferentes situações e comprometer-se com o que acontece na vida da comunidade e do país. Esses valores e essas atitudes precisam ser aprendidos e desenvolvidos pelos estudantes e, portanto, podem e devem ser ensinados na escola.

Desta forma, é possível que exista uma relação com a auto-estima e o autoconceito, bases da representação que o indivíduo tem de si, se colocando no campo da saúde pública, uma vez que envolvem o bem-estar individual e social. Mecca et al. (1989) enfatizam que a saúde da sociedade depende em grande parte do estado psicológico com que as pessoas se colocam frente a um desafio (ASSIS, 2003).
Figura 3. Sub-Projeto Bahia "On-line" - Riquezas Culturais e Naturais.
Bahia on-line.pnghttps://sites.google.com/site/bahiaturismoonline/a-brasilidade

Para que os estudantes possam assumir os princípios éticos, são necessários pelo menos dois fatores que os princípios se expressem em situações reais, nas quais os estudantes possam ter experiências e conviver com a sua prática e que haja um desenvolvimento da sua capacidade de autonomia moral, isto é, da capacidade de analisar e eleger valores para si, consciente e livremente.

Outro aspecto importante desse processo é o papel ativo dos sujeitos da aprendizagem, estudantes e docentes, que interpretam e conferem sentido aos conteúdos com que convivem na escola, a partir de seus valores previamente construídos e de seus sentimentos e emoções.

Uma atmosfera baseada em valores pode ser definida como um espaço amoroso, respeitoso, de entendimento e aceitação que contribui para um indivíduo desenvolver-se e aprender. Nesse ambiente, os participantes sentem-se amados, respeitados, ouvidos, valorizados e seguros, e desenvolvem habilidades pessoais, sociais e emocionais, notadamente habilidades de comunicação interpessoal, ou seja, comportamentos baseados em valores que conduzirão os sujeitos a integrarem, naturalmente, esses valores em suas vidas e no relacionamento com o outro. Uma atmosfera assim caracterizada é incentivadora, questionadora, aberta, flexível e criativa (BARROS, 2009).

A autoestima é uma parte do autoconceito. Expressa um sentimento ou uma atitude de aprovação ou de repulsa de si mesmo, e até que ponto o sujeito se considera capaz, significativo, bem-sucedido e valioso. É o juízo pessoal de valor expresso nas atitudes que o indivíduo tem consigo mesmo. É uma experiência subjetiva acessível às pessoas através de relatos verbais e comportamentos (ASSIS, 2003).

A espiritualidade é a busca de um sentido maior da existência, a maneira como vivemos a espiritualidade, nos seus ritos, nas suas formas é expressa através da religião e todas as religiões valorizam a solidariedade como princípio de coesão social, reconhecem a importância do indivíduo no desenvolvimento social, afirmam a importância da família, como motora da mudança para uma sociedade onde impere o bem estar-social (FERRAGE, 2012).
Parte da missão do educador é fazer com que o indivíduo reaprenda a reconhecer seus valores pessoais e espirituais e seja inspirado a apreciar os valores de sua cultura, conviver com a diversidade, formular seus juízos de valores, elaborar pensamentos autônomos, críticos e que exercitem a liberdade de discernimento, sentimento e imaginação, para desenvolver seus talentos e ser protagonista de sua história (BARROS, 2009).
A proposta para a reflexão e prática de valores proporciona um estado mental de maior consciência e propicia que procure-se as respostas em seu interior, encontre-se soluções compatíveis com a realidade e desvele-se o sentido de educar as novas gerações em religação com valores éticos e morais. Somos responsáveis pelos processos que vivenciamos, quando percebemos o que somos, quem somos e qual a nossa missão de vida, somos capazes de construir, conscientemente, um mundo melhor para as futuras gerações (TILLMAN; COLOMINA, 2004).

Dramatização educativa com ênfase em Sinais e Sintomas.

Solicitação!

Irmãos, vocês podem conhecer nosso Projeto Social de Educação Popular em Saúde nas redes sociais e outros temas, me dar...

Posted by Pensamentos Inspiradores SUD on Quarta, 3 de junho de 2015