quarta-feira, 20 de maio de 2015

Projetos sociais, voluntariado e terceiro setor

As redes sociais expandem o interesse das redes pessoais e familiares para as redes de relação e sustentação, não só de indivíduos e famílias. Acrescentam-se a essas as redes de serviços e equipamentos, as redes de informações e as redes de significados e interesses (econômicos, políticos), possibilitando a transformação de determinado segmento populacional (ACOSTA; VITALE, 2003).


Considera-se que o fortalecimento do indivíduo e de suas relações com as redes, sejam elas pessoais ou materiais, é ponto central na questão da saúde e do bem-estar, pois é em conjunto com o outro, e através das relações, que uma pessoa constrói a visão de si mesma (CAMPOS; FERREIRA, 2007).

Assim, na relação com o outro, a pessoa se sente legítima e forte e encontra os recursos dos quais precisa para sobreviver, crescer e realizar-se. Considera-se ainda que para um ser humano só será possível usufruir os seus direitos básicos (alimentação, educação, saúde, trabalho e lazer) por meio da convivência e da participação social, especialmente para os mais carentes do ponto de vista material, razão pela qual é fundamental o apoio à família como matriz dessa socialização (MACEDO,1994).

O voluntariado é uma forma de participação social que vem em constante crescimento à medida que transcorre o tempo. Tamanho é esse aumento que, a fim de estimular ainda mais essa atividade, o ano de 2001 foi escolhido, pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Ano Internacional do Voluntariado. Entretanto, não se pode associar o avanço do voluntariado somente a essa iniciativa da ONU.

No Brasil e na própria ONU, outros documentos foram publicados, posteriormente, com a finalidade de despertar a participação das pessoas em atividades voluntárias, principalmente os jovens e os idosos, no intuito de investirem seu tempo livre na promoção da solidariedade e da cidadania.
O terceiro setor é uma forma de administrar o negócio público do ponto de vista organizativo, ele não é uma propriedade. Porque os recursos públicos são recursos vindos de taxas e impostos, são recursos que vêm daquilo que chamamos de subsídios e, portanto, eles saem do tesouro e do orçamento da nação. Então não é um terceiro setor não estatal, ele é um terceiro setor público organizacional, não uma propriedade nova que foi criada, já que os subsídios são públicos, é o setor incentivado (LOPES, 2004).
Na emergência do Terceiro Setor é visto uma abertura dos canais de decisão à participação da sociedade civil. Sem enfatizar a origem do suporte financeiro de manutenção das ONGs, o discurso dos apologistas do Terceiro Setor tem geralmente recaído numa argumentação que desqualifica o Estado como esfera de efetivação das políticas sociais e públicas. Tal argumentação, visando sobretudo realçar o papel e a importância das ONGs, muitas vezes obscurece o fato de que muitas delas não definiram sua posição no confronto entre os projetos sociais hoje em pauta, no campo das políticas sociais. Dessa maneira, não se trata efetivamente de um campo instituído, ou de uma esfera pública instituinte, mas de "formações culturais" constituídas por uma associação de sujeitos (LOPES, 2004).
O campo dos movimentos sociais é um dos mais indefiníveis que existem. Os movimentos são difíceis de definir conceitualmente e há várias abordagens que são difíceis de comparar. Os vários' autores tentam isolar alguns aspectos empíricos dos fenômenos coletivos, mas como cada autor acentua elementos diferentes, dificilmente se pode comparar definições. Infelizmente, estas são mais definições empíricas do que conceitos analíticos (MELUCCI, 1989).
Há uma distinção entre movimentos (como formas de opinião de massa), organizações de protesto (como formas de organizações sociais) e eventos de protesto (como formas de ação). Um movimento social é um fenômeno de opinião de massa lesada, mobilizada em contato com as autoridades (MELUCCI, 1989).
O movimento em forma de protesto raramente atua de maneira concertada e sua existência deve ser inferida das atividades de organizações que reivindicam representá-lo a importância da participação, da mobilização, do controle social e da educação em saúde e ambiental, permeando a política de saneamento, visando ao empoderamento dos grupos sociais para efetiva inserção e intervenção nesses processos. O foco principal dos dois programas é o atendimento as comunidades por meio de ações e investimentos, a fim de conferir sustentabilidade a essas ações (MELUCCI, 1989).

Figura 4. Sub-Projeto Interdisciplinaridade em Pesquisas, Atividades de Campo e Mapeamentos

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https://sites.google.com/site/inspconsulting/home/mobilizacao-social

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Posted by Pensamentos Inspiradores SUD on Quarta, 3 de junho de 2015